CFR-PTN define estratégias para a nova rotina de trabalho

17/04/2020 

Durante a suspensão das aulas presenciais, alunos e equipe pedagógica
desenvolvem atividades de forma remota

Na busca de colocar
em prática as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de atender às
determinações das esferas governamentais em relação ao novo coronavírus, a Casa
Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN), desde o dia 23 de março,
suspendeu as aulas presenciais e adotou o sistema remoto como modelo de
trabalho, passando a realizar as aulas e os acompanhamentos das famílias dos
jovens de forma virtual.

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Fabiana Barreto (em destaque), assessora educacional, em reunião com representantes da coordenação pedagógica das Casas Familiares
do Baixo Sul da Bahia 

No
contexto da pandemia, com o objetivo de não interromper o ciclo formativo, a
instituição de ensino optou por prosseguir com o desenvolvimento do calendário
educacional seguindo as indicações do Conselho Estadual de Educação (CEE). Para
um período inicial de 30 dias, a escola montou um planejamento personalizado
para que os jovens em formação continuem estudando, mas sem saírem de casa. “A
construção do nosso planejamento considerou a realidade do nosso método de
ensino – a pedagogia da alternância -, o público que nós atendemos, as
possíveis limitações em relação ao acesso à internet, a definição dos
aplicativos/programas que auxiliariam na execução das atividades e a
possibilidade de manter os alunos conectados e interagindo com os educadores em
tempo real”, afirma Fabiana Barreto, assessora pedagógica.

Dessa forma, a CFR-PTN elegeu
como principal ferramenta de trabalho o WhatsApp, considerando que o aplicativo
alcança todos os alunos, atende às demandas e cada turma da escola já tinha uma
conta cadastrada. Assim, é por meio dele que os conteúdos estão sendo
trabalhados, os alunos recebem todas as orientações e também esclarecem
dúvidas. “Confesso que gostei muito da ideia de continuidade das atividades e
de perceber que, além do envolvimento da minha turma nas aulas, também estamos
conseguindo desenvolver as ações propostas pelo cronograma da alternância”,
comenta Magnison Santos, aluno do 3º ano de formação.  

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Magnison Santos, aluno da turma 14, em seu ambiente de estudo em
casa

Com as novas práticas, a escola tem buscado auxiliar os
professores na identificação e construção de materiais de apoio para as aulas,
intensificar o acompanhamento dos alunos de forma individualizada e implementar
estratégias didáticas que favoreçam a aprendizagem. “Neste período, o contato
virtual se tornou ainda mais rotineiro e as aulas estão sendo realizadas de
forma on-line, por meio da aplicação de videoaulas, estudos dirigidos e
exercícios com materiais de apoio para que os alunos possam desenvolver as
atividades sem comprometer a qualidade”, reforça Deraldo Neto, monitor do 2º
ano de formação.  

A cada alternância, os
educadores avaliam o trabalho executado com o objetivo de sanar problemas
identificados e potencializar iniciativas positivas. “A equipe está empenhada
no desenvolvimento das ações e acredito que estamos no caminho certo, pois o
índice de frequência está bem satisfatório e a interação dos jovens nos
surpreende a cada aula”, acrescenta Fabiana.

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Dados da participação dos alunos após a realização de uma
alternância virtual em cada turma

Os jovens que não estão
conseguindo participar das aulas on-line, por residirem em comunidades que não
têm acesso à energia ou ao serviço de internet, recebem o material físico de
estudo, seguindo os protocolos de segurança, com todos os conteúdos e orientações
que facilitam a execução das propostas teóricas e práticas que devem ser
realizadas durante o período.

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