Desenvolvimento produtivo em família

31/01/2019 

Conheça a história de dois alunos das Casas Familiares apoiadas pela Fundação Odebrecht que são referência para suas famílias e comunidades

Aos 16 anos, Lana Kuratani faz planos de criar uma marca de chocolates artesanais. Aluna do 2º ano da Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I), ela trabalha no campo ao lado da mãe, Yuriana, apresentando formas de melhorar a plantação de cacau e alcançar novos mercados. “Vejo no futuro nossa roça com diversas culturas. Quero produzir sempre com qualidade”, almeja a jovem.

A história da estudante é semelhante à de Bruno Santana. Também com 16 anos e matriculado no 2º ano da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN), ele conta que ingressou na instituição visando levar mais conhecimento para o trabalho agrícola da família. “Atuamos na agricultura há muito tempo e sabíamos que precisávamos conhecer novas técnicas. Por isso me interessei pela escola”, relata.

Apoiadas pela Fundação Odebrecht por meio do Programa de Desenvolvimento e Crescimento Integrado com Sustentabilidade (PDCIS), as Casas Familiares onde Lana e Bruno estudam são instituições de ensino médio integrado ao curso técnico que oferecem aos jovens uma educação aplicada às suas realidades, estimulando a permanência no campo com qualidade de vida e que os estudantes se tornem protagonistas e lideranças em suas comunidades. Conheça, abaixo, um pouco mais sobre a trajetória desses dois alunos e entenda como eles estão fazendo a diferença nos locais onde moram.

Lana Kuratani

O trabalho com agricultura acompanha a família Kuratani há gerações. Antes de Lana ingressar na CFR-I, sua mãe e seus avós já atuavam com o cultivo de cacau e cravo. Agora, no entanto, a jovem tem tido um papel ativo na produção, compartilhando em casa as novas tecnologias que aprende. “Ela ajuda bastante e amplia nosso horizonte. Nossa renda melhorou muito desde que Lana entrou para a Casa e trouxe mais 

conhecimento”, comenta Yuriana, mãe da estudante. 

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Lana Kuratani, aluna da CFR-I, na horta da propriedade da família

Moradora do município de Ituberá, no Baixo Sul da Bahia, Lana conta que foi por meio de um vizinho que conheceu a Casa Familiar. “Ele me contava sobre como funcionava a escola e achei interessante. É muito diferente das outras”, diz. Na CFR-I, Lana estuda a partir do modelo da Pedagogia da Alternância, comum às Casas Familiares que integram o PDCIS, onde passa uma semana em período integral na instituição de ensino, tendo aulas teóricas e práticas, e duas na propriedade da família, dividindo o que aprende com produtores da região.

“Não fico só recebendo o conhecimento e guardando, mas também compartilho com a comunidade”, explica. Para o futuro, Lana planeja desenvolver ainda mais a produção da sua família e investir no beneficiamento de alimentos. “Começo esse ano a produzir chocolate na pequena fábrica montada dentro da CFR-I. Quero ter minha própria marca”.

Bruno Santana

Ao lado dos pais e do irmão, Bruno Santana cultiva mandioca, banana, abacaxi, cacau, maracujá e guaraná. Desde antes de ingressar na CFR-PTN no curso técnico de Agropecuária, o jovem já trabalhava no campo. “Gosto do que faço. Da agricultura, saem os alimentos. Por isso, precisamos produzir não só para sustentar nossa família, mas para todas as outras”, reflete. 

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Bruno Santana ao lado da mãe, Maria, e do pai, Antônio

Santana conta que se sentiu motivado a ingressar na Casa Familiar pela possibilidade de alavancar os resultados da família, que mora em Presidente Tancredo Neves, também no Baixo Sul baiano. O esforço do estudante tem dado certo. De acordo com o jovem, o número de pés de bananas que plantavam triplicou a partir do momento em que ele passou a implantar em sua propriedade o que aprendia na escola, como novas tecnologias de cultivo, adubação e formas de cuidar da produção.

Das disciplinas que compõem sua matriz curricular, matemática e química são as favoritas do futuro empresário rural, que tem se destacado na comunidade onde mora no que tange à preparação de adubos orgânicos. “Aprendemos na CFR-PTN a fazer os cálculos do adubo que a planta necessita e formulamos a quantidade certa para cada uma”, comenta. Para Santana, conseguir se desenvolver dessa forma só é possível através de uma educação de qualidade. “Era tudo o que eu queria e precisava para realmente crescer. As oportunidades que tenho na Casa Familiar são fundamentais para fazer com que eu possa conquistar meus objetivos. Quero expandir minhas áreas produtivas e plantar com qualidade”, planeja.

Matéria disponível em: https://www.fundacaoodebrecht.org.br/noticias/2019/01/31/desenvolvimento-produtivo-em-familia.html  

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