Na comunidade rural de Serra do Abiá, localizada a cerca de 128 km de Salvador (BA), o futuro está sendo construído a cada dia. É assim na vida de Elias Nascimento, filho de agricultores familiares e estudante da Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN). Com a educação de qualidade pela qual está tendo acesso, Elias vem mudando a vida de sua família e dando os passos que precisa para alcançar seu sonho: “eu quero seguir colocando a mão no trabalho e viver na roça mesmo. E estudar: fazer um curso a mais e virar engenheiro agrônomo”, conta o adolescente de 17 anos.
Na casa onde Elias vive com seus pais, há principalmente cultivos de graviola, acerola, açaí e cacau. A família também vende na região as polpas das frutas, feitas de forma artesanal. E recentemente, um novo sabor entrou na lista: a polpa de maracujá, feita com o fruto que o próprio jovem já produz.
Isso é possível a partir do apoio da Casa Familiar Rural: além das aulas práticas e teóricas, a escola dá recursos e apoio técnico para que os jovens comecem seus primeiros cultivos, os chamados Projetos Educativo-Produtivos (PEPs). “Meu PEP do ano passado foi uma colheita de cacau e maracujá. Já esse ano está sendo de criação de aves e cultivo de banana”, conta ele.
A campanha Tributo ao Futuro, coordenada pela Fundação Norberto Odebrecht, arrecada doações para apoiar a CFR-PTN e outras duas escolas rurais do Baixo Sul da Bahia: a Casa Familiar Agroflorestal (CFAF) e a Casa Familiar Rural de Igrapiúna (CFR-I). Doar para a campanha é contribuir para que centenas de adolescentes como Elias tenham acesso à educação de qualidade! Clique aqui e saiba mais!
A experiência de gerenciar seus próprios cultivos dá mais independência aos estudantes, os ensina a planejarem suas ações e a enxergarem as propriedades de suas famílias como verdadeiras empresas. “Eu somei tudo que ia gastar com meu PEP, tudo que a CFR-PTN ia doar… e o resultado final que a roça ia me dar”, conta Elias. Ao final, o lucro obtido com o projeto fica para o próprio jovem e sua família, que podem usá-lo para acessar mais lazer, mais educação e para terem mais produtividade na propriedade.
Com a experiência que ganhou, Elias está se tornando uma referência em sua família – e na comunidade onde vive. “Eu fiz uma roça com meu irmão esse ano, e ele queria adubar a roça com um adubo só, que só seria para a raiz da planta. Como essa planta ia desenvolver? Mostrei o melhor caminho”, exemplifica ele. Mesmo agricultores e agricultoras mais velhos têm pedido apoio do jovem. “O pessoal pergunta, quer saber que tipo de adubo, de defensivo usar. E eu passo o conhecimento”, conta.
Apoio da família
Além de contribuir para que os adolescentes apoiados pelo Tributo ao Futuro sigam aprendendo dentro e fora das Casas Familiares, a família destes meninos e meninas é mais do que uma incentivadora. Ela é também beneficiária. Afinal, o ensino obtido nas aulas é transmitido pelos jovens para seus pais, mães e irmãos, ajudando a levar capacitação para mais pessoas. “Eu não tive estudo, mas tenho a experiência, sou vaqueiro de profissão. E hoje tem muita coisa que quem passa para mim é ele”, conta o pai de Elias, Vandernir Nascimento.
“E por isso eu digo a meus filhos: ‘tudo que eu planto é de vocês, para vocês não precisarem sair e trabalhar para os outros’. E esse é o meu prazer, incentivar ele para seguir esse caminho, ver ele estudar. Porque a CFR-PTN é um caminho de futuro”, diz o pai, orgulhoso. A mãe de Elias, Maria Aparecida Nascimento, concorda. “Eu só tenho a agradecer à Casa Familiar por meu filho estar aqui, crescendo, tendo mais conhecimento. Ele vai seguir até o fim, sem dúvidas”, comenta.
Fonte: Fundação Norberto Odebrecht