“Ficar na zona rural é cuidar das nossas raízes”, afirma aluna da CFR-PTN

26.04.2022

A adolescente Maíra de Sena estuda na CFR-PTN e é beneficiária do Programa Social da Fundação Norberto Odebrecht

Uma grande honra. É assim que Maíra de Sena, de 17 anos, descreve a oportunidade de acessar educação de qualidade para se tornar uma empresária rural. A adolescente é aluna do 2º ano na Casa Familiar Rural de Presidente Tancredo Neves (CFR-PTN), uma escola rural que forma jovens no Ensino Médio integrado ao curso técnico em Agropecuária. A instituição faz parte do PDCIS, Programa Social coordenado pela Fundação Norberto Odebrecht, e beneficia cerca de 100 meninos e meninas como Maíra todos os anos.

Mas o amor pela agricultura vem de antes da entrada na Casa: os pais da jovem são agricultores familiares e associados à Cooperativa de Produtores Rurais de Presidente Tancredo Neves (COOPATAN). E eles sabem da importância de apoiar a filha a se tornar uma empresária rural. “É a família, né? O maior incentivador”, opina Maria de Jesus, mãe de Maíra. “Se a gente não incentivar os nossos filhos, eles vão estagnar, depois vão procurar um emprego em outro lugar…  Temos que ajudar, colaborar”, completa. Para eles, a formação na Casa Familiar está dando as ferramentas necessárias para que a jovem continue o legado da família.

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O apoio da família é fundamental para a jornada de Maíra, que está cursando o Ensino Médio integrado ao curso técnico em Agropecuária

Legado que Maíra também enxerga como essencial: “se me perguntassem antes, eu não saberia nem responder o que eu queria fazer. Mas, agora, eu pretendo ficar na zona rural”, conta. “Quero me tornar professora e seguir no campo. Até por que [seguir na zona rural] é cuidar das nossas raízes, né? A gente veio dessa raiz e temos que cuidar dela”, opina.


Apoio aos primeiros cultivos

Depois de cursar seu primeiro ano na escola na forma remota, devido à pandemia da Covid-19, Maíra está tendo suas primeiras aulas presenciais em 2022. “Presencial é diferente, né? Ficar olhando sempre para a tela do celular era muito cansativo”, conta ela. Mas o apoio adicional dado pela família, professores e colegas a possibilitou superar os desafios impostos pelo distanciamento. “A gente conseguiu vencer essa batalha, e felizmente estou aqui, no segundo ano”, comenta Maíra.

E nem mesmo o distanciamento social afetou o impacto que o apoio dado pela escola teve na vida de Maíra. Nos chamados Projetos Educativo-Produtivos (PEPs), a Casa Familiar dá os recursos necessários, como adubos e mudas, para que os jovens comecem seus primeiros cultivos. Depois, monitores da escola dão assistência aos estudantes em suas propriedades, ajudando-os para que o projeto dê bons resultados.

Em 2021, Maíra foi contemplada e começou a criar suínos na propriedade da família – sua primeira experiência com animais. O objetivo, agora, é incluir também o plantio de mandioca em seu PEP. Essa experiência, unida com os aprendizados obtidos em sua formação como técnica, deram à jovem a confiança de que tem o conhecimento necessário para produzir mais e melhor. “Antigamente a gente olhava para a cultura na roça e pensava: ‘será que vai dar certo?’. Mas hoje temos a certeza de que vai dar”, diz ela, sorrindo.

Disponível em:https://www.fundacaonorbertoodebrecht.com/comunicacao/noticias/2022/04/26/ficar-na-zona-rural-e-cuidar-das-nossas-raizes.html 

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